Os Desmatamento

 História do desmatamento no Brasil 

O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.

Desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica

Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.

Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.

Urbanização e desmatamento 

O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas. 

Queimadas e incêndios 

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.

 

No mundo 

Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetalfoi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.

As ações contra o desmatamento 

Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos têm o direito de viverem num mundo melhor.

Vale lembrar:

- O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas. 

O desmatamento é um processo que ocorre no mundo todo, resultado do crescimento das atividades produtivas e econômicas e, principalmente, pelo aumento da densidade demográfica em escala mundial, isso coloca em risco as regiões compostas por florestas. 

A exploração que naturalmente propicia devastação através das atividades humanas já disseminou, em cerca de 300 anos, mais de 50% de toda área de vegetação natural em todo mundo. 

A atividade de extrativismo vegetal é extremamente importante em vários países como o Brasil, com predomínio de florestas tropicais, assim como a Indonésia e o Canadá com florestas temperadas, e essa extração coloca em risco diversos tipos de vegetações distribuídas no mundo. 

Atualmente a destruição ocorre em “passos largos”, podendo ser medida, pois anualmente são devastadas cerca de 170.000 km2, os causadores da crescente diminuição das áreas naturais do planeta são, dentre eles, a produção agrícola e pastoril, com a abertura de novas áreas de lavoura e pastagens; o crescimento urbano, a mineração e o extrativismo animal, vegetal e mineral.
Essa exploração é característica da Ásia, que, por meio da extração de madeira, já destruiu 60% de toda floresta. No Brasil, o número é pouco menor, mas não menos preocupante, pois abrange cerca de 40% da área total do território. 

As consequências da retirada da cobertura vegetal original são principalmente perdas de biodiversidade, degradação do solo e o aumento da incidência do processo de desertificação, erosões, mudanças climáticas e na hidrografia.

 

 Desmatamento das florestas brasileiras, em especial da Amazônia, é motivo de preocupação entre os ambientalistas mundiais, não só pela área envolvida como pela biodiversidade local. 

Entretanto, é na Mata Atlântica que a devastação demonstrou sua maior eficiência, pois dos 1,1 milhão de km2 que percorriam o litoral brasileiro de norte a sul, restam hoje apenas 7%. A ocupação desordenada da faixa costeira, iniciada logo após o descobrimento, reduziu a mata a pequenas manchas verdes em poucos Estados, notadamente no Sul do País. Apesar de alguns avanços na criação de áreas protegidas e ainda que cada região tenha causas diferentes de desmatamento, a Mata Atlântica continua, de uma forma geral, a sofrer com o assédio de madeireiras, culturas agrícolas, pecuária, especulação imobiliária, palmiteiros, queimadas e com uma técnica ultrapassada de secagem de fumo com lenha retirada da floresta. 
Entre o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo, foram perdidos 500.317 hectares de matas primárias, entre 1990 e 1995. Só restam em pé 8.182.096 hectares de florestas na Mata Atlântica, excessivamente fragmentadas. A constatação é de um recente estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto Socioambiental (ISA). Este é o segundo levantamento feito pela SOS Mata Atlântica. O anterior abrangeu o período entre 1985 e 1990 e demonstrou que naquela época restavam apenas 8,8% da mata. Apesar dos decretos restritivos e das campanhas para salvar um dos ecossistemas de maior biodiversidade do planeta, as imagens de satélite mostram um avanço impressionante dos desmatamentos. 
Na comparação entre o atual levantamento e o realizado entre 1985 e 1990, verifica-se que o ritmo de devastação da cobertura florestal diminuiu, de 6,5% para 5,7%. Mesmo assim, é um valor excessivo, pois trata-se de um ecossistema que já foi reduzido a apenas 7% do seu tamanho original. 
Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, com a velocidade alarmante com que vêm sendo reduzidas suas coberturas originais __ a devastação da Mata Atlântica é duas vezes e meia maior do que a da Floresta Amazônica __ a Mata Atlântica está caminhando em um ritmo descontrolado para a extinção e pode acabar dentro de aproximadamente 50 anos. 
Em números absolutos, o Rio de Janeiro é o campeão do desmatamento, com 140.000 hectares derrubados. Em seguida, vem Minas Gerais, com 88.951, Paraná, com 84.609 e São Paulo, com 67.400 hectares devastados (veja o quadro perfil por estado). 
Em números relativos, em primeiro vem também o Rio de Janeiro, com o desmatamento de 13,13% de sua área, seguido por Mato Grosso do Sul, com 9,59%, e por Goiás, com 9,10%. 
É interessante ressaltar que apesar de em alguns Estados o domínio de Mata Atlântica ser pequeno, os números apresentados não se referem a outros tipos de floresta.